“O meu interesse está no futuro porque é lá que vou passar o resto da minha vida”
Charles Fanklin Kettering
Quero antes de mais nada, falar um pouco da genialidade de Charles Kettering, o autor da frase título deste texto: filósofo e inventor norte americano era originário do meio rural de Loudonville, no estado norte-americano de Ohio. Entre suas inúmeras invenções, desenvolveu o gerador Delco – que era uma fonte crucial de eletricidade para milhares de fazendas.
Imagine que sem a invenção de Charles Kettering em 1911, talvez ainda estivéssemos girando a manivela na parte frontal do carro para ligar o motor.
Kettering patenteou mais de 140 inovações, incluindo acabamentos de laca para carros, combustível de chumbo, e a primeira máquina registradora operada eletricamente.
Kettering foi um grande pensador assumindo grande relevância no tempo em que desenvolveu sua criação, tanto tecnológica quanto em pensamentos, aforismos e frases célebres.
Esse pensador deu grande impulso à noção de Planejamento Estratégico, dada sua excepcional habilidade de lidar com o futurismo, a antevisão de fatos que precisariam ocorrer e ações que deveriam ser realizadas para melhoria das condições gerais de organizações, países e pessoas.
Dessa maneira, entendemos que precisamos viver sempre com os olhos no futuro. Essa é então a noção primordial que queremos fixar nesta reflexão. Precisamos deixar sempre a melhor impressão nos contatos que fazemos, especialmente na procura de empregos. Essa impressão muito provavelmente permanecerá nesse mercado por um bom tempo.
Profissionais da área de Recrutamento e Seleção por vezes nos relatam os problemas que tem vivenciado em sua rotina com os candidatos às vagas que precisam preencher. Por vezes há urgência, o que potencializa seu desafio de atrair, avaliar e contratar pessoas.
Nesse sentido, podemos destacar aqui um comportamento indesejável que alguns candidatos apresentam ao longo do processo seletivo. Trata-se da desistência, ou evasão ao longo das etapas do processo.
Seja por desinteresse ou por sentir alguma dificuldade para participar, alguns candidatos que teriam sido aprovados nas etapas iniciais do processo, não retornam para dar continuidade e não informam a empresa sobre sua decisão.
Muito se fala em ética na relação profissional que mantemos no mercado de trabalho.
As empresas se comunicam, trocando fichas cadastrais de seus candidatos. É uma forma de coo-petição, que é mistura de cooperação com competição. Embora atuem no mesmo ramo, e estejam competindo pelo melhor resultado, reconhecem que muitas vezes um candidato que não serviu para uma delas, pode preencher melhor a vaga de seu concorrente.
Nessa troca de fichas passam umas à outra as impressões gerais sobre o candidato, e essa atitude de simples abandono poderá ser o item que encabeçaria a lista de informações sobre você.
Por que falamos de visão do futuro no início desta reflexão?
Por certo, o que fazemos num determinado momento poderá gerar ecos num futuro por vezes próximo por vezes distante.
Já discutimos a questão da reputação, da imagem que deixamos nos nossos contatos e nosso convívio geral.
Muitos profissionais de Recrutamento e Seleção atualmente estão tendo a gentileza de apresentar uma “devolutiva” aos candidatos que atingiram a etapa de dinâmica de grupo, que é uma das últimas etapas do processo seletivo. Nesse contato, informam ao candidato se irá continuar o processo ou se encontraram algum fator que os impeça de contratá-lo no momento.
Essa devolutiva contrária à contratação, mostra as qualidades e deficiências do candidato e o que, de fato, o levou decisão de não contratá-lo no momento.
Por vezes, o candidato está superdimensionado para a vaga e isso sempre se mostra inconveniente porque com competências acima da vaga, o candidato terá grandes chances de desadaptar-se.
Se está aquém, do que a vaga precisa e possui competências a desenvolver, recebe tal orientação, o que dá ao candidato a exata noção de onde precisa melhorar para novas oportunidades.
Seria de muito “bom tom” que seu comportamento mostrasse uma recíproca às empresas que o acolheram para seus trabalhos de seleção e que agora estão lhe dando oportunidade de conhecer mais aspectos de sua pessoa.
Assim, tanto empresa como candidato manteriam as portar abertas e a recíprocidade ética preservada. A frase de Kettering: “Meu interesse está no futuro porque é lá que vou passar o resto da minha vida” passa a fazer muito sentido se nós estivermos preocupados em ser sempre bem vistos e avaliados agora e no futuro.
Os profissionais tem rodiziado muito de um emprego a outro e sempre existe grande chance de nos reencontrarmos com pessoas com quem já convivemos em outras situações.
A ideia principal é agirmos desde já com a postura com que queremos ser percebidos por todos aqueles com quem convivemos, principalmente com aquelas pessoas que tomarão decisões sobre nossas carreiras profissionais.
O tijolo da construção que colocamos hoje será o suporte dos tijolos que serão colocados após e darão sustentação à toda estrutura.
Que cada tijolo de nossa carreira profissional seja colocado com o cuidado necessário para que possamos crescer continuamente, alcançando os objetivos pessoais e profissionais que sonhamos hoje.
“Estrategiar” é definir a priori aquilo que queremos, e como chegaremos lá, adotando o melhor caminho, com o menor custo e menor prazo possível.
É definir agora o que quer para sua vida, e não esperar pelo acaso. O fator sorte pode ocorrer em nossa vida mas, convenhamos, os resultados que planejamos tem maior chance de acontecer.
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